Cerca de 80 estudantes de Humanas da Unicamp fizeram um ato contra a redução de verbas para a educação e contra a redução da maioridade penal e a politica do pais. O ato partiu da Unicamp e bloqueou as avenidas Albino José Barbosa de Oliveira e Santa Izabel. O s estudantes são oposição ao DCE e ao governos estadual e federal. Segundo o CACH (centro Acadêmico de Ciências Humanas) que congrega o movimento, o ato foi decidido em Assembléia do IFCH dia 17 e prepara um grande ato em Campinas dia 25/6 .
Leiam texto da estudante do IFCH do jornal Esquerda Diario
(Flavia Telles, do Esquerda DIário) Os estudantes construíram um ato com conteúdo antigovernista e em defesa dos setores mais oprimidos, cantavam palavras de ordem em defesa da educação, cultura e esporte, e contrários a repressão policial e aos assassinatos da juventude negra das periferias. O ato seguiu até a região central de Barão Geraldo, lá os estudantes pararam algumas vias, tiraram fotos com cartazes contra a redução da maioridade penal e dialogaram com a população. Guilherme Zanni, membro do Núcleo de Consciência Negra da Unicamp e militante da Juventude às Ruas, disse “esse ato é importante para mostrar que os estudantes da Unicamp são contrários a redução da maioridade, e que lutamos para que todos os jovens, principalmente a juventude negra, tenha acesso ao ensino superior. Defendemos as cotas raciais na Unicamp e também o fim do vestibular, para que essa juventude tenha acesso ao conhecimento. A luta por educação é fundamental, também porque coloca a contradição que o governo vem cortante em educação e aprovando essas medidas que na verdade, além de negar o futuro a juventude, estão apoiadas em uma ideologia racista onde os mais prejudicados serão os negros, e onde colocará a policia mais assassina do mundo, e também conhecida pelo seu racismo para reprimir os jovens, agora com respaldo legal”.
Apesar de um DCE governista, dirigido pela UJS, e que se mostra como um entrave para a luta dos estudantes, na UNICAMP os estudantes mostraram que querem que a Juventude negra esteja ao seu lado dentro das universidades e tenha acesso à educação, lazer, arte, saúde e não seja encarcerada como o PT e sua base aliada pretendem. Querem um DCE que seja capaz de organizar cada estudante para que seja sujeito da sua luta e possa barrar os ataques dos governos e avançar para questionar o projeto de Universidade elitista e excludente e refundá-la com os setores oprimidos a frente.
O ato ocorrido hoje foi resultado da luta política dos estudantes presentes na assembleia que denunciaram o DCE, dirigido pela UJS, que somente agora realizou uma Assembleia Geral, mesmo com o intenso cenário de mobilização estudantil do Brasil, e que apesar de se dizerem contra os ataques e a redução da maioridade penal, não mobilizaram os estudantes para que pudessem se colocar contra os ataques e criar um cenário real de mobilização que colocasse os setores conservadores na defensiva. O DCE se calou frente aos principais ataques do governo Dilma, como o corte do FIES, para tentar imobilizar o movimento estudantil e assim defender as políticas do governo. Essa luta política foi parte proposta na ultima assembleia do CACH, Centro Acadêmico de Ciências Humanas, e levada como indicativo de ato à assembleia geral, para mostrar uma resposta imediata no dia que estava sendo votada na câmara a redução.
A assembleia geral dos estudantes deliberou questões importantes para o movimento estudantil frente aos ataques à juventude que estão sendo implementados pelo PT e sua base aliada. Fez parte do debate da assembleia o rechaço a “emenda da opressão”, proposta que esta sendo votada na Câmara de Campinas que quer retirar o debate sobre identidade de gênero das escolas. A assembleia geral aprovou um ato para dia 23 em combate a essa medida.
Flávia Telles